No componente subjacente, um dos pontos mais acompanhados pelo BC e o mercado financeiro, a perspectiva é de desaceleração gradual. “Ainda que a sazonalidade nesse componente seja menos pronunciada, os dois primeiros meses do ano concentram variações mais altas, que não devem ser observadas nos meses até junho.”
O BC acrescentou que, no subitem serviço bancário, não se esperam variações como as observadas entre dezembro e fevereiro.
“Por fim, a variação mensal da média dos núcleos de inflação deve permanecer em patamar acima da meta de inflação, dentro do intervalo de tolerância.”
No geral, houve uma grande mudança das expectativas da autoridade monetária para o consumo do governo e uma reversão da trajetória positiva da agropecuária, que foi o destaque do crescimento no ano passado.
Pelo lado da oferta, o BC alterou a estimativa para a expansão da agropecuária de avanço de 1,0% para uma queda de 1,0%. Em 2023, o setor havia revelado um crescimento de 15,1%, que surpreendeu o mercado.
Já a revisão para a indústria foi de alta de 1,7% para 2,2%. No caso dos serviços, o BC mudou a previsão de crescimento de 1,9% para 2,0%.
Em relação aos componentes da demanda, o RTI informou que mantém a projeção de expansão de 2,3% do consumo das famílias, mas alterou significativamente, de 1,1% para 1,9%, a previsão de alta do consumo do governo.
O documento indica ainda que a projeção para 2024 da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – passou de aumento de 1,0% para avanço de 1,5%.
Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em dezembro.
No Boletim Focus, a mediana é de crescimento de 1,85% para o PIB deste ano. O Ministério da Fazenda estima expansão de 2,2%.
Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: Inteligência Financeira
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