Segunda-feira, Abril 29, 2024
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Relatório Trimestral de Inflação indica chance menor de estouro da meta em 2024

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central traz importantes projeções e análises sobre a economia brasileira. Vamos explorar os principais pontos:

  1. Metas de Inflação:
    • A estimativa para a inflação em 2026 permanece em 3,2% no cenário de referência.
    • A meta para 2026 é de 3,0%, com o governo planejando mudar para um regime de meta contínua a partir de 2025.
    • As projeções para 2024 (3,5%) e 2025 (3,2%) também foram mantidas.
  2. Cenário de Referência:
    • O cenário utiliza câmbio conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus.
    • Para 2024 em diante, o alvo central é de 3,00%, com bandas de 1,50% a 4,50%.
  3. Probabilidades:
    • A chance de a inflação de 2024 ultrapassar o teto da meta de 4,50% caiu de 23% para 19%.
    • A probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2024 (1,50%) também está mais baixa, de 7% para 4%.
    • Para 2025, as probabilidades de superar a banda superior (17%) e inferior (11%) permaneceram estáveis.
  4. Inflação de Curto Prazo:
    • O IPCA para março é previsto com alta de 0,24%.
    • As projeções para abril, maio e junho são de 0,35%, 0,27% e 0,15%, respectivamente.
    • Os preços da alimentação no domicílio, especialmente alimentos in natura e arroz e feijão, contribuíram para a desaceleração da inflação.
    • Leites e derivados devem continuar com variações mais elevadas, enquanto o segmento de serviços apresentará variações mais baixas após o reajuste de mensalidades escolares.

No componente subjacente, um dos pontos mais acompanhados pelo BC e o mercado financeiro, a perspectiva é de desaceleração gradual. “Ainda que a sazonalidade nesse componente seja menos pronunciada, os dois primeiros meses do ano concentram variações mais altas, que não devem ser observadas nos meses até junho.”

O BC acrescentou que, no subitem serviço bancário, não se esperam variações como as observadas entre dezembro e fevereiro.

“Por fim, a variação mensal da média dos núcleos de inflação deve permanecer em patamar acima da meta de inflação, dentro do intervalo de tolerância.”

O BC também elevou sua estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 de 1,7% para 1,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

No geral, houve uma grande mudança das expectativas da autoridade monetária para o consumo do governo e uma reversão da trajetória positiva da agropecuária, que foi o destaque do crescimento no ano passado.

Pelo lado da oferta, o BC alterou a estimativa para a expansão da agropecuária de avanço de 1,0% para uma queda de 1,0%. Em 2023, o setor havia revelado um crescimento de 15,1%, que surpreendeu o mercado.

Já a revisão para a indústria foi de alta de 1,7% para 2,2%. No caso dos serviços, o BC mudou a previsão de crescimento de 1,9% para 2,0%.

Em relação aos componentes da demanda, o RTI informou que mantém a projeção de expansão de 2,3% do consumo das famílias, mas alterou significativamente, de 1,1% para 1,9%, a previsão de alta do consumo do governo.

O documento indica ainda que a projeção para 2024 da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – passou de aumento de 1,0% para avanço de 1,5%.

Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em dezembro.

No Boletim Focus, a mediana é de crescimento de 1,85% para o PIB deste ano. O Ministério da Fazenda estima expansão de 2,2%.

Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Inteligência Financeira

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